sexta-feira, 22 de abril de 2011

Fernando Pessoa


O amor romântico é como um traje, que, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que formamos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em que o vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceite desde o príncipio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.

Um comentário:

  1. Lindo o texto, mas ultimamente não consigo falar do amor com o mesmo fulgor, com a mesma emoção...
    o amor tem se mostrado para mim, senão como uma flor de cacto, que é raríssima e dificil de alcançar... e, se mesmo assim comseguir pegá-la, não dá pra segurar por muito tempo...

    achei seu blog bonito, adorei o templaite...
    tb te sigo! muitos beijos pra vc!

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